domingo, 15 de abril de 2012

Pieces (SNES)


Eu sempre gostei de puzzles, desde os "normais", digamos assim, com peças de papelão para montar até os softwares, como jogos cheios de enigmas ou quebra-cabeças. Na época dos 16 bits eu gostei de um joguinho que vi uma vez numa revista, acredito que Ação Games, mas que infelizmente era exclusivo do SNES. Seu nome era simples: Pieces.

O game, resumidamente, é um quebra-cabeças digital, onde as peças precisam ser encaixadas num tempo limite, com progressão de dificuldade conforme o avanço do jogador. Mas, para dar uma temperada na coisa, a Atlus colocou algumas coisinhas para sacanear ou ajudar o jogador...


Puro e simples quebra-cabeças, Pieces não é. Não basta apenas colocar as peças nos espaços corretos conforme a figura mostrada por três segundos na tela. É preciso ser rápido o bastante e ter uma boa dose de estratégia para se livrar das enrascadas que a CPU lhe joga de tempos em tempos. A mecânica de Pieces funciona mais ou menos como jogos tipo Tetris ou Columns: acerte várias jogadas para poder usar certos poderes e sacanear o oponente. Nos jogos com blocos, o jogador entope cada vez mais a tela do oponente. Já em Pieces, são os mais diversos poderes que comandam a coisa.

telinha do modo história, o jogador enfrenta diversos personagens esteriotipados
ao lado, um dos clássicos da Atlus aparece como figura para montar, Rocki'n Kats

Tais poderes são variadíssimos e são conseguidos conforme acertos seguidos do jogador. Encaixe 3 ou mais peças seguidamente e acumule uma vasta lista de poderes na lateral da tela, podendo ser escolhidos à qualquer momento. Mas, atenção: a lista segue de cima pra baixo, então, quanto mais baixo for o poder, além de oferecer mais vantagens, ele zera a lista também, obrigando o jogador a recomeçar tudo denovo.

Esse esquema se encaixou perfeitamente à mecânica ágil do jogo, com o perdão do trocadilho infame. Você pode desde trocar as direções do controle do oponente até deixá-lo mais lento, esconder as peças à serem escolhidas no alto da tela, rebater algum efeito que ele te mande ou até mesmo ter a ajuda de uma mãozinha milagrosa que vai encaixando as peças automaticamente pra você. A lista de vantagens são tantas que muitas vezes você se verá usando coisas que nunca tinha usado.

algumas imagens confundem pra caramba na pressa, como essa do vaso de flores ou do casamento
ao lado, uma telinha mostrando que de nada adiantava pausar pra poder ver onde por as peças...

Além do modo história normal, que consiste em batalhas contra a CPU para ver quem monta 3 imagens mais rápido, existem também o versus e o All Play, a verdadeira essência do jogo. Aqui é possível jogar com alguém para ver quem encaixa mais peças na mesma tela e resolve o puzzle. Nesse modo é possível escolher um tema para as figuras e um pequeno retrato dela fica o tempo todo no canto da tela, para ajudar os jogadores.

Nesse ponto Pieces acerta em cheio, oferecendo um gameplay bastante variado e viciante. Sob outro ponto de vista, o jogo pode enjoar fácil quem procura alguma coisa mais agitada. Sabem como é, montar quebra-cabeças não é lá algo muito divertido nos dias de hoje, mas a Atlus enfiou tanta coisa no game que ele acaba agradando até quem não goste do estilo.

o modo all play é um dos mais divertidos do jogo

No final das contas, Pieces tem bons gráficos pro estilo adotado, uma boa variedade de imagens, bons controles e uma dificuldade bastante acentuada nas fases adiantadas. Acreditem, montar o quebra-cabeça final exige uma precisão cirúrgica e uma rapidez fora do comum para vencer a máquina.

Resumão:
+ joguinho criativo e único;
+ modo 2 players bem divertido;
- poderia ter mais modos de jogo;

Final Score: 7.0

Um comentário:

  1. Gostei do jogo, simples, e tem que ser rápido se for a 2. Diversão e trapaças garantidas.

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