segunda-feira, 10 de julho de 2017

Wacky Races (NES)


O ano é 1992, um ano em que muita coisa interessante acontecia no mercado gamer. Pra vocês terem uma vaga idéia, foi o ano de lançamento de Sonic 2 no Mega Drive, Super Mario Kart no Super NES e de Megaman IV no NES. Enfim, eis que surge um jogo baseado em um desenho bastante famoso na época: Wacky Races, ou Corrida Maluca, traduzido aqui pra gente do Brasil!

E qual foi a surpresa do primeiro jogador que ligou seu saudoso Phantom System na época, após chegar correndo da locadora com seu cartucho recém alugado, e notar que, apesar do nome do jogo, de corrida ele não tinha nada?

Sim amigos, Wacky Races estréia a nova temporada de reviews/análises/resenhas ou como você quiser chamar, aqui no Shugames! Um game baseado em um desenho de corrida, mas que é de plataforma e, se querem saber, é um jogo muito divertido! Bora lá!



Em Wacky Races, o desenho, temos vários personagens que acabaram se tornando lendas da animação, inclusive aqui no Brasil. Penélope Charmosa, Irmãos Rocha, Dick Vigarista, Barão Vermelho, entre tantos outros, ainda permeiam as memórias de quem curtiu o desenho na época. Mas, aqui no jogo, controlamos ninguém menos que Muttley, o cachorro do Dick Vigarista que soltava sempre sua risada lendária quando algum corredor caía no truque do velho ranzinza. Os outros personagens, entretanto, ainda aparecem no jogo, mas como chefes das fases.



O game funciona como um jogo de plataformas normal, tendo Muttley que pular e atacar seus inimigos, enquanto percorre as inúmeras fases, sempre coletando diamantes e ossos. Os diamantes coletados, ao juntar 100 deles, ganha-se uma vida extra.

Já os ossos tem um propósito muito parecido do que é visto na série Gradius: servem para conceder os "upgrades" para Muttley.

Cada osso coletado faz mudar o indicador na parte baixa da tela, sendo assim, se o jogador quiser tal upgrade, basta apertar select quando o cursor estiver sobre ele para ativá-lo. Muttley tem dois tipos de ataque, mas não pode usá-los ao mesmo tempo: a bomba e o latido.

Abaixo, deixei uma lista dos itens e uma breve descrição de cada um deles para ilustrar:



Como puderam perceber, apesar de ser um game relativamente simples em sua concepção, ele tem sua profundidade e requer um pouco de estratégia do jogador com relação à cada etapa do mesmo. O lance dos ossos mudarem o cursor nos upgrades dá todo o charme do jogo, podendo o jogador, por opção dele, deixar de pegar um osso para manter o cursor no coração e poder recuperar a energia perdida num chefe, por exemplo.



Com relação ao visual, o jogo faz bonito no NES. Nada tão impressionante, mas também nada fora do lugar, do contexto apresentado no jogo. Temos fases em praias, em cavernas, em templos, em desertos, no gelo, em florestas, etc. A variedade é grande, tanto de inmigos como de fases, haja vista que são 3 mapas com várias etapas dentro de cada um. E cada etapa tem algumas fases dentro dela, totalizando um ótimo número de fases, que não cansa e também não passa a impressão de ser curto. O jogo tem uma durabilidade na medida pra uma noite tranquila de jogatina.



Os efeitos sonoros são o básico do NES e as músicas são ótimas. Todos os temas do jogo são interessantes e, estranhamente, mesmo repetindo alguns temas por conta do número grande de fases, as músicas não enjoam! Talvez seja a união de fatores que acabe determinando o quão interessante o jogo permanece ao jogador, mas o fato é que música em videogame é um fator determinante nisso e em Wacky Races ela não deixa a peteca cair.



Finalizando, o game possui uma dificuldade justa, nada tão apelativo como na maioria dos jogos do NES, mas também não tão fácil a ponto de se jogar sozinho. O game tem controles firmes, boas respostas e é gostoso de jogar. É um game, como eu já disse, pra ser jogado após um dia cansativo, no conforto de um sofá, aproveitando as músicas com um bom fone de ouvidos. Mesmo não seguindo a linha de corridas como se espera de um jogo dessa franquia, Wacky Races é um ótimo game que cativa pelo carisma de Muttley e pelos adjetivos já citados.

Resumão:
+ bom visual, aliado à ótima trilha sonora
+ gameplay firme e sem frustrações com controle
- torna-se um pouco repetitivo lá perto do final... mas só lá mesmo
Retroachievements? Sim, mas bugado.

Final Score: 7.0


8 comentários:

  1. Acho que devo ter jogado ele uma ou duas vezes. Acredito que vale a pena dar uma outra chance.

    Ótimo review.

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    1. Obrigado Jean! Vale a pena sim, é um jogo simples e cativante.

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  2. Jogava esse no emulador de NES pro PSX, também me surpreendi por não ser um jogo de corrida. Apesar disso, ele é caprichado.

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  3. Nunca joguei, parece ser bem caprichado!

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  4. Que joguinho gostoso! Infelizmente não tive a oportunidade de jogá-lo no meu Phantom System quando eu era moleque pois nunca o encontrei nas locadoras, mas graças a locadora do Cosmão tive a oportunidade de conhecer e apreciar essa belezura!

    No mais, bem vindo de volta Cosmão! Adoro seus textos!

    Abs,

    bootsector

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  5. Jogo bem interessante viu eu pensei que fosse de corrida mas venso o seu post a respeito curti vou adiciona lo a lista para jogar um dia desses.

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